Nos dias 2 e 3 de julho, o câmpus da Unesp Jaboticabal, recebeu o Entomokids 2025, evento que apresenta o universo dos insetos às crianças de maneira lúdica, educativa e divertida. Idealizado pelo Cepenfito (Centro de Pesquisa em Engenharia Fitossanidade em Cana-de-Açúcar), com apoio do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), a iniciativa busca aproximar a ciência da sociedade.
O evento, realizado gratuitamente, tem como uma das responsáveis a professora Thaís Gimenez, do Núcleo de Educação e Difusão do Conhecimento, do centro de pesquisa. Para a professora, o Entomokids favorece a conexão entre a universidade, o público infantil e seus familiares, promovendo o interesse pela ciência e pela biodiversidade. “O objetivo é proporcionar a aprendizagem para as crianças e também para a comunidade em geral. A gente tem uma diversidade de insetos muito grande e a população conhece pouco sobre eles”, pontua.
Entre as atividades realizadas, tiveram destaque a “caça às curiosidades”, a divertida “corrida de baratas”, além de oficinas de desenho e pintura facial. Mas, segundo Victória Maia, bolsista do Cepenfito e monitora do evento, o que mais encanta as crianças é o contato direto com os insetos — seja observando os insetários ou manuseando animais vivos. “Eles têm medo no começo, mas com a ajuda dos monitores ficam super empolgados. O contato com os insetos vivos é a grande porta para a curiosidade; depois eles vêm cheios de perguntas”, destaca.
Para o pesquisador Odair Aparecido Fernandes, do Cepenfito, o evento é uma oportunidade de conscientizar o público sobre a importância e o papel ecológico dos insetos. “A ideia é mostrar que nem todos os insetos são maléficos. Muitos, na verdade, são benéficos, atuando como agentes de controle biológico e polinizadores”, explica.
Segundo ele, o fascínio das crianças com os insetos é visível. “É fascinante ver a empolgação das crianças, pois encontramos insetos em nossas casas e, muitas vezes, não imaginamos a diversidade que existe nem a proximidade que estamos deles”, completa.
Entre as espécies expostas, havia baratas, mosquitos, besouros e borboletas. Os visitantes também conheceram insetos menos comuns no cotidiano, como o bicho-pau, a barata de Madagascar e o bicho-folha australiano, os quais estão vivos e podem ser tocados e vistos com maior proximidade.
O evento contou com 315 assinaturas no livro de presença. No entanto, a coordenadora do projeto acredita que o número real de participantes foi ainda maior, considerando que muitas crianças que ainda não sabem escrever não registraram sua presença, além de visitantes que passaram pelo local sem preencher o livro.